CULTIVO EM VIVÁRIO

Os vivários são experiências botânicas, onde procuramos recriar um ambiente natural específico, engarrafando um pedacinho de mata tropical para que você possa observar em sua própria casa.

A palavra vivário é mais associada a locais de criação de animais, porém adotamos esse termo para diferenciar nossos experimentos com vidros fechados dos terrários abertos, comumente destinados a composições com cactos e suculentas. Nosso vivários são compostos de musgos e algumas plantas diversas de pequeno porte, de modo a agrupar espécies que possuem capacidade de se manter juntas no mesmo ambiente, com iluminação indireta e muita umidade. 

O vivário não é um objeto de decoração estático, ele é vivo. Sua composição muda com o tempo e sempre surpreende os observadores mais atentos. Procuramos criar um ecossistema para perdurar fechado e sem manutenção pelo máximo de tempo possível, mas não conseguimos te dizer quanto tempo ele vai durar ou se manter da mesma forma, já que as plantas vão crescer e se adaptar ao local onde você escolher colocá-lo.

Mas essa é a melhor parte da coisa, a surpresa, o aprendizado e a interação com os seres vivos! Um momento para vivenciar a biofilia (que pode ser livremente interpretado como 'amor às coisas vivas') e dar espaço para a natureza e seus ciclos próprios seguirem seu curso.

Nosso momento de parar e  observar!


Cuidados:

LUZ: Por abrigar espécies tropicais, a luz do ambiente deve ser parecida com a de uma floresta. Sabe aquela luz filtrada que uma planta recebe debaixo da copa de uma arvore? Assim deve ser o ambiente da sua casa, com boa claridade, mas sem sol forte direto.

ÁGUA: Quanto a rega, raramente será necessário adicionar água. O vivario deverá ser mantido sempre fechado, e o normal é que ele transpire uma vez ao dia. Caso ele fique alguns dias seguidos em constante transpiração (com o vidro sempre com gotinhas escorrendo), você pode abri-lo por algumas horas e voltar a fechar. Isso pode ocorrer com mudanças drásticas de temperatura por exemplo. Agora caso ele fique alguns dias sem nenhuma transpiração, você pode borrifar uma pequena quantidade de água e observar nos dias seguintes se ele volta a transpirar. Isso pode acontecer ao longo do tempo pois a rolha não isola completamente a umidade interna.

MANUTENÇÃO: Após cerca de 6 meses, poderá ser necessário uma limpeza interna do vidro. Ela pode ser feita com algodão úmido, sempre empurrando a “sujeira” pra baixo. Caso você não tenha ferramentas que possibilitem essa limpeza, entre em contato conosco, nós oferecemos serviço de manutenção.

Essas são algumas dicas gerais, mas cada vivário é único, então não deixe de entrar em contato com a gente caso tenha alguma dúvida sobre o seu. Apesar de não demandar muito cuidado, a chave dele se manter por anos e anos é a observação.

 

 

CULTIVO EM VASO

Ter plantas em casa, além de deixar o ambiente lindo, pode se tornar um hobby super agradável. E se você, não tem jardim ou canteiro para cultivar plantas, o cultivo em vaso é uma solução pratica e adaptável a praticamente qualquer ambiente.

Em geral, grande parte das plantas podem ser cultivadas em vaso, tendo apenas como limitação o espaço disponível. As necessidades de uma espécie não mudam se plantadas no solo ou no vaso, uma planta que necessite de sol pleno, ou de alta umidade, terá essas mesmas necessidades em qualquer forma de cultivo. Porém o fato de isolarmos a planta em um vaso, vai mudar a forma como ela armazena água e nutrientes, por isso os cuidados serão diferentes. Preparamos quatro dicas pra você que quer iniciar essa pratica, mas se ainda ficar com dúvidas, não deixe de entrar em contato com a gente.

VASO: Uma planta cultivada diretamente no solo tem garantia de escoamento da água, enquanto no vaso, existe o risco de ela acumular. Nós por aqui preferimos os vasos com furos, assim garantimos que a água passou por todo o substrato, mas não acumulou na raiz. Também é possível cultivar em vaso sem furos, mas nesse caso, faça uma camada de drenagem usando, por exemplo, argila expandida. O material do vaso também pode interferir nos cuidados, vasos de barro por exemplo, tendem a absorver umidade e isso resultará em maior frequência de rega se comparado com um vaso plástico.


REGA: não existe fórmula para a rega. Se você ler uma dica do tipo, regue duas vezes na semana, desconfie. Isso porque a frequência de rega vai depender de diversos fatores como: tipo de vaso, tipo de substrato, quantidade de água usada na rega, temperatura e condições climáticas do ambiente etc. Uma mesma planta, em condições diferentes, será regada de forma diferente. A mas então como eu vou saber se é hora de regar? Primeiro de tudo conheça sua planta, e entenda se ela é do tipo que gosta do substrato sempre úmido, levemente úmido, ou se ela gosta que ele seque antes de receber mais água. Sabendo disso, faça o bom e velho teste do dedômetro, sinta o substrato para então decidir se é hora de regar novamente. Aos poucos você vai descobrir a frequência que funciona para você.

ADUBO: uma espécie plantada em solo recebe a ajuda de microrganismos e de resíduos vegetais em decomposição das próprias plantas, que ajudam o substrato a se manter mais rico. Enquanto no vaso, a planta vai aos poucos esgotando os nutrientes do substrato e ficando sem ter de onde tirar. Então manter a adubação em dia é essencial para o desenvolvimento saudável. Existem vários tipos de adubo, escolha o que você mais se identifica e siga sempre as instruções de uso do fabricante. Adubo em excesso também é prejudicial. Nós aqui usamos o nosso Bokashi vegano em combinação com o Biofertilizante líquido.

REPLANTIO: e por último, uma diferença essencial em relação a planta cultivada direto no solo, planta em vaso precisa ser replantada de tempos em tempos. Mesmo com adubação, chega um momento que o substrato precisa ser renovado, e que você precisa acondicionar melhor as raízes. O replante deve ser feito sempre com cautela, e o mínimo necessário para evitar que a planta sinta, afinal planta gosta de ficar quietinha no lugar. Alguns sinais mais comuns que indicam a necessidade de replantio são terra compactada, quando a terra fica tão blocada que a água tem até dificuldade de passar. E raízes enoveladas, aquele momento em que no vaso tem praticamente só raiz.